A recomendação de hoje é um livro que particularmente acho impressionante: “O diário de Anne Frank”. A obra veio diretamente do diário que a própria escrevia na época em que estava enclausurada em um esconderijo com sua família, para aqueles que não sabem, Anne vive grande parte de sua vida em uma ditadura regida por Adolf Hitler, onde aqueles que não eram nazistas, eram condenados aos campos de concentração, então muitos assim, à morte, seja ela cometida por soldados, doenças, fome…
Anne tinha família de origem judaica, o que a condenava a ser uma das pessoas que sofreram sob os mandamentos de Adolf. No dia 9 de Julho de 1942, Anne, sua irmã mais velha e seus pais dividiram um esconderijo com a família Van Pels e um dentista amigo das famílias. Durante o confinamento, Anne começou a escrever em um diário a sua rotina, o qual ela chamava de Kitty.
Ela era como qualquer pré-adolescente ou adolescente comum, ela tinha vontades, anseios, tinha a cabeça de uma adolescente. Suspeita-se até que Anne tenha tido um romance com o filho dos Van Pels. O bom sobre esse livro é que mostra um lado de Anne que somente Kitty conheceu, o lado das frustrações normais da puberdade, das indecisões, decepções, das vontades…
Última vez que a tinta da caneta passou pelo seu diário foi no dia 1 de agosto de 1944, três dias antes de serem descobertos e levados aos campos de concentração. A última escrita dela se inicia com “Querida Kitty, um feixe de contradições, foi como terminei minha carta anterior e é o início desta. Por favor, pode dizer exatamente o que significa contradição? Como tantas palavras, essa pode ser interpretada de dois modos: Uma contradição imposta de dentro. A primeira significa não aceitar as opiniões dos outros, sempre saber mais, ter a última palavra; resumindo, todas aquelas características desagradáveis pelas quais sou conhecida. A segunda pela qual não sou conhecida, é meu segredo”. Ela sempre se insinuava como uma menina de pensamento forte e teimosa.
Infelizmente a jornada da vida de Anne teve fim no fim de fevereiro e início de março do ano de 1945, o livro foi publicado pelo único integrante da família que sobreviveu, Otto, seu pai. Ele realizou o desejo da filha, fazendo com que milhões de pessoas soubessem da sua história.
Recomendo esse livro sempre, mesmo sendo adolescente, Anne faz apontamentos especiais que devemos levar ao longo da vida.
Escrito por Helena Soriano
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