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Conhecendo o mundo artístico com Natália Scromov

Foto do escritor: Anne SilveiraAnne Silveira

Em nossa última entrevista do ano, convidamos uma artista, Natália Scromov, que nos ensinou um pouco mais sobre o universo da arte.


Primeiro pedimos para ela nos explicar o que ela fazia, ela nos contou que atualmente o foco do trabalho dela é trabalhar com cerâmica (tanto esculturas quanto instrumentos sonoros) e que também faz móbiles de latão.

Depois perguntamos como ela resolveu trabalhar com isso, ela disse que desde criança e adolescente ela gosta de arte, e explicou que quando estava na época do vestibular ela ficou em dúvida entre artes plásticas e arquitetura, mas acabou escolhendo arquitetura porque viu que na grade da USP tinha história da arte e design. Comentou que quando o pai dela teve alguns problemas de saúde, ele acabou ficando com muitas sequelas e a principal foi a paralisação de metade do corpo, “Para comer, ele comia só com a mão esquerda e com isso ele derrubava a comida toda” e continuou dizendo que quando foi procurar um prato adaptado para ele e não achou, procurou sua primeira professora de cerâmica e resolveu fazer um. “Eu achei muito incrível que eu tinha conseguido fazer uma peça, com uma técnica que eu nem lembrava que eu sabia fazer e que transformou muito a relação dele com a alimentação”. Contou também que tinha algumas partes da arquitetura que ela não gostava tanto mas com o passar dos anos ela foi percebendo que precisava de mais arte, até que chegou uma hora que ela não estava conseguindo dar conta de fazer as duas coisas ao mesmo tempo, porém ela não queria abrir mão da arquitetura “ A gente tem aquela ideia de que o que a gente faz na faculdade tem que ser usado” porém no fim acabou escolhendo artes.

Logo depois pedimos para ela falar um pouco mais sobre como crescer no mercado das artes, ela explicou que mesmo trabalhando com o que ela ama, continua puxado disse que tem que seguir uma disciplina para conseguir vender e divulgar o trabalho, alcançando mais pessoas. Comentou que o Instagram é um ótimo aliado, não só para postar peças prontas mas também para postar o processo, já que percebeu que as pessoas gostam muito de acompanhar o que acontece no ateliê. Confessou que no começo ela ficou muito assustada, e que esperava vir uma ideia, uma inspiração, só que isso não fechava muito a conta dela, e percebeu que trabalhar com artes não é assim, que muitas vezes a inspiração vem no meio do processo, então tem que começar. Nos contou que teve a chance de fazer um projeto de uma peça para o museu da linda portuguesa que é uma garrafa que toca com água, ela tem um apito dentro e que quando movimenta ela faz uma espécie de “assovio”.

Também perguntamos como que é balancear as exigências do mercado com as próprias vontades, ela disse que pensa que saiu da arquitetura por conta disso comentou que vezes apresentava uma proposta super linda e que passou muitas horas estudando todos os detalhes e simulando a circulação de pessoas e quando mostrava para o cliente ele queria algo completamente diferente que ela sabia que não daria certo, e que quando mudou para artes resolveu fazer as peças que quiser e já venderia elas prontas, e que até que não teve tantos problemas já que as peças têm uma boa aceitação.

E por último pedimos algum conselho para quem quer trabalhar com arte “Eu acho que arte é muito exercício, é muita prática, tem muita gente que vai para a arte focando no ego e é muito um exercício diário e que a prática faz aperfeiçoar muito, não só técnicas mas referências e ideias”

Adoramos essa entrevista com a Natália, conseguimos saber muito mais sobre o mundo artístico, e para quem estiver interessado em saber mais sobre o ateliê dela, é só ir no insta e seguir o @estudiodatorre.


Escrito por Anne Silveira

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