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Um pouco mais sobre vestibular com professores

Foto do escritor: Em volta da ÁrvoreEm volta da Árvore

Oi gente! Nesses últimos dias realizamos quatro entrevistas com professores do colégio Sion Arujá, Claudia Borim (Professora de Matemática), Daniela Haraguichi (Professora de Química), Wellington Fernandes (Professor de Geografia) e Gilmara Bernardo (Professora de Redação).

Fizemos as mesmas perguntas para cada um deles, ao todo são quatro perguntas sobre aquela dupla tão sonhada e, para alguns, aterrorizante “Vestibular e Enem”, se você está querendo saber mais sobre esse futuro inevitável, vem aqui ler essas dicas maravilhosas.

Conversa com Claudia Borim:

Primeiro perguntamos a eles o que eles pensam sobre o vestibular/ enem:

A professora Claudia, ou Claudinha para os alunos, usou como exemplo o vestibular da Fuvest, comentou que ele realmente tem que ser um vestibular muito difícil já que tem muitos candidatos para poucas vagas. O aluno que for se preparar para a Fuvest tem que saber que é um vestibular técnico, ou seja, vai cobrar tudo o que ele viu no ensino médio: “ou você sabe, ou você não sabe. Não tem como você enrolar na questão, porque ela é técnica, faça aquilo, faça isso”, completou dizendo que prefere a abordagem do Enem, que é mais democrática e envolve a interpretação de texto e as questões de matemática do Enem são enormes, com 10/15 linhas de enunciado, mas muitas vezes parte da solução já está no enunciado. A Claudinha também demonstrou preocupação com a relação do vestibular com o que se é dado na escola seguindo as diretrizes do Mec, a pergunta é se os vestibulares vão se adequar a essa nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular): “não adianta a gente ensinar em uma nova abordagem e os vestibulares continuarem cobrando a mesma coisa, isso vai ser injusto para o aluno”.

Perguntamos também como se preparar para os testes e quais dicas eles podem nos dar:

A Claudinha nos deu dicas maravilhosas, considerando o momento que estamos passando. Começou dizendo que precisamos começar a estudar para o vestibular logo no primeiro ano, que estudar para o vestibular não é estudo de véspera, “É desumano a quantidade de conteúdo que cai no vestibular, é impossível a pessoa falar que vai pegar um final de semana e estudar para o vestibular”, ela indicou também folhas de estudos (se você é ou já foi aluno da Claudinha, sabe bem como ela cobra essas folhinhas), completou dizendo que precisamos começar a pensar logo no primeiro ano em qual faculdade queremos entrar “vamos supor: Ah eu já sei que quero Unesp, pega todos os vestibulares da Unesp e vê quais questões de Log caíram, se não caiu nada de Log você ja fala, meu na Unesp não vai nada de Log, vamos para outro assunto” disse que cada vestibular tem sua estrutura fixa, então precisamos nos preparar, começar a pensar em qual instituição gostaríamos de ir. Como segunda dica ela indicou olhar o manual do candidato (algo que todo vestibular tem), olhar o que mais conta na prova e se preparar para isso, verificar nos vestibulares a composição da nota, “nosso natural é que a gente se dedique ao que gostamos e procrastine o que não gostamos, isso é do ser humano”, e que o melhor é criar um hábito de estudo para aquilo que não gostamos.

Questionamos o que mais cai na matéria de cada um deles a professora de matemática, disse que no Enem são 45 questões de matemática e que isso realmente não é algo fácil e o que mais cai é matemática básica, porcentagem, função de primeiro e de segundo grau, “cai muita, mas muita matemática básica, ou seja, até o 9º ano você conseguiria fazer a prova do Enem em pelo menos umas 10 questões de matemática” ela completou dizendo que em um geral as matérias do primeiro ano são o foco do Enem. Em vestibulares ela disse que são questões que ou você sabe, ou você não sabe, onde teremos que fazer manipulações algébricas, geométricas, chamados de vestibulares tecnicistas “não tem milagre, eles dão uma questão que não há como você fazer sem o uso de fórmulas ou manipulações”.

E quando perguntamos o que é mais importante fazer antes da prova, a resposta de todos os profissionais foram praticamente as mesmas para a Claudinha fizemos uma pergunta diferente, como ela da aulas em faculdade, perguntamos quais as diferenças entre o ensino médio e a faculdade. Ela disse que não vê muita diferença, só o aluno um POUCO mais maduro “ele sabe que se não estudar, ele não vai passar”, comentou que ela tem que pensar que vai formar um profissional que pode atender outras pessoas então ele tem que estar apto a atender.

Conversa com Daniela Haraguichi:

Primeiro perguntamos a eles o que eles pensam sobre o vestibular/enem, a Professora Dani comentou que não acha justo, o modo de avaliar pessoas diferentes, com acessos diferentes ao conhecimento. Ela comentou “tenho alunos maravilhosos que estão na rede pública e nem todos terão a oportunidade que os alunos da rede privada tem” ela ainda completou que com a pandemia conseguimos ver com ainda mais clareza a discrepância da realidade e que, para ela, o justo seria todos terem acesso à universidades de qualidade e com uma forma justa de avaliação.

Perguntamos também como se preparar para os testes e quais dicas eles podem nos dar:

A profa. Dani disse que primeiramente precisamos montar um plano de estudos com tempo e foco. Para quem está no último ano antes do vestibular, a dica é rever os conceitos principais e dar mais atenção para aquilo que tem mais dificuldade, e fazer o plano de estudo em uma forma de revisão intensiva, e para quem ainda não está no último ano ela indica, fazer bons resumos e destacar pontos chaves.

Questionamos o que mais cai na matéria de cada um deles:

A professora de química comentou que em Química a parte de fisioquímica tem recebido uma atenção especial, soluções, estequiometria , termoquímica e equilíbrio químico, comentou também que a química orgânica é sempre pedida em qualquer prova e que hoje, o tema ambiental ou química verde tem sido temas corriqueiros, e que abrange vários pontos da disciplina, relacionando atualidades, geografia, biologia e etc.

E quando perguntamos o que é mais importante fazer antes da prova, a resposta de todos os profissionais foram praticamente as mesmas. A Dani começou falando que todos estamos em uma fase de grande ansiedade e que a pandemia intensificou ainda mais essa questão, então ela acredita que a tranquilidade e a reflexão, são pontos fundamentais, pois o medo de não conseguir atingir o objetivo e isso acaba desanimando, assim a melhor escolha é não se cobrar tanto. Completou dizendo que a leitura das questões é fundamental, não podemos negar o conteúdo, e que se não soubermos o melhor é Pilar a questão já que o tempo é algo fundamental.

Conversa com Wellington Fernandes:


Primeiro perguntamos sobre o que eles achavam sobre o que eles pensam sobre o vestibular:

O Wellington, de cara respondeu que ele não reconhece como o melhor método e que nem acredita que seja um método justo. E nós disse que não acredita ser o melhor caminho pois, “é aquela velha história, um momento, um dia, para decidir o seu rumo, o seu futuro”. Ele comentou também sobre os vestibulares e as faculdades, produzirem a “indústria dos cursinhos”.

Perguntamos como eles sugerem que os alunos, se prepare para o vestibular/Enem:

Respondeu que são respostas diferentes para cada turma, que para o primeiro, na área de humanas, seja além das revisões das matérias que estão sendo vistas, por meio de filmes que possam te repertoriar, e ficar atendo aos grandes temas atuais e do período, ele citou podcasts diferentes e que trazes especialistas. E para o terceirão, é importante procurar pausas para recarregar a bateria pois é uma época mais pesado, ele fala sobre achar um equilíbrio entre os estudos e as ideias. Perguntamos se ele teria alguma indicação de podcast para ajudar, e ele indicou o xadrez verbal que é sobre geopolítica e fala bastante sobre atualidades, ele falou também sobre o podcast Le Petit jornal, que os participantes são professores e falam sobre atualidades, políticas e geopolíticas.

Perguntamos qual seria os pontos da matéria deles, que mais caem nos vestibulares/Enem:

Respondeu que na geografia humana, o que mais cai é a geografia agraria, a agricultura, seja falando do desenvolvimento tecnológico, seja relacionando a fome ou a globalização. Falou também de cair a questão fundiária e o histórico da agricultura, falou que pode ser agricultura tanto falando da sua história, tanto da economia. Ele falou também que outro ponto importante é a globalização, ele disse que pode não aparecer como pergunta, mas sim relacionada ao entendimento do nosso cotidiano atual, relacionando a globalização e as causas dela para o momento atual. Dentro da geopolítica, ele falou que é mais difícil de dizer, mas que sempre tem algo nas provas.

Perguntamos sobre o que é mais importante fazer nas últimas semanas antes da prova:

O máximo que podemos fazer é voltar aos nossos resumos, mapa mentais e guardar energia para a prova, pois é um dia muito desgastante. Ele falou também sobre cuidar da sua saúde mental.


Conversa com Gilmara Bernardo:

Primeiro perguntamos sobre o que eles achavam sobre o que eles pensam sobre o vestibular: A Gilmara falou que infelizmente, é uma discussão válida des da época da faculdade dela, pois o vestibular sempre foi uma prova injusta, “tinha que ser muito diferente, toda a vida escolar do aluno deveria ser levada em conta e não somente uma prova, que infelizmente não cobra de verdade, e que não pega as outras habilidades do aluno”, por fim disse que o vestibular é a única porta que o aluno tem para uma faculdade mas que ela não concorda.

Perguntamos como eles sugerem que os alunos, se prepare para o vestibular/Enem:

Falou que o preparo para o vestibular, é durante todo o ensino médico, e falou que sempre em suas primeiras aulas no ensino médio, em redação, ela fala que o preparo começa ali, no primeiro dia de aula no ensino médio. Ela comentou que precisa ter um equilíbrio em estudo em casa e o estudo na escola, ter uma disciplina e rotina em casa sobre os conteúdos dados em sala, falou também que a prestar atenção nas aulas é algo essencial.

Perguntamos qual seria os pontos da matéria deles, que mais caem nos vestibulares/Enem:

Comentou que uma dica para o aluno que ainda não se preparou bem, é criar uma rotina de estudo urgente e estudar, criar um planejamento de aula. E para um aluno que vem se preparando bem, é aproveitar o revisional que os professores dão e estudar bastante, e por fim, descansar, pois é um ponto essencial para ir bem.

Perguntamos sobre o que é mais importante fazer nas últimas semanas antes da prova: A Gil respondeu que na última semana, o aluno tem que ter tranquilidade pois na última semana o conteúdo já foi armazenado e aprendido. Falou também que nessa última semana, o estudo tem que ser sem excesso, mais como revisão.

Como já é costume, vamos ao pingue-pongue:

Um livro? C- Discurso do método, Descartes. D- Violetas na Janela. G- Livro mórmon

W- Torto arado

Um filme? C- Nasce uma estrela, comentou que chora todas as vezes que assiste e até decorou todas as falas. D- Meu filho meu mundo. G- A espera de um milagre

W- Infiltrado na klan Um ídolo? C- Meu Pai. D- Meu Pai. G- Minha mãe. W- Minha mãe. Uma frase? C- “Acredite em você”. D- “Persista e conquiste seus sonhos”. G- “As famílias podem ser eternas” W-“Alucinação é suportar o dia a dia, e o nível de experiência é com coisas reais” Uma série? C- La Casa de Papel, mas comentou que não gosta muito de séries porque precisa assistir os próximos episódios e ela não sabe quando vai ter tempo e que assistiu um TCC onde aprendeu que tem base na síndrome de Estocolmo. D- Gambito da Rainha. G- A Gil disse que não inicia séries pois, iriam acabar com a sua rotina, mas comentou que tem vontade de assistir trechos de grey anatomy pois seus filhos gostam e que de repente ela gostaria. W- o sor comentou que não era muito chegado a séries mas que a série, house of cards, o pegou, e que depois comentou de black mirror também. Um sonho? C- Um país melhor. D- Ver minha filha formada e feliz. G- Disse que sonha com um mundo mais justo, com mais igualdade, e direitos. E que todos fossem auto suficientes.

W- Ele disse que seu sonho é ”estar bem amanhã, estar bem com os meus”, e que é bem simples, e compartilhar para estar em um mundo que não seja tão cruel. O que você mudaria no mundo? C- As pessoas precisam ser mais éticas. D- O respeito entre as pessoas. G- Disse que mudaria muitas coisas, mas que se tivesse autonomia, ela iria fazer com que todas as guerras cessassem, e que houvesse realmente um respeito pelo próximo.

W- O Wellington, disse que se pudesse trocar o mundo por um melhor, “um mundo de paz seria importante”, um mundo de paz que pudesse lidar com conflitos, não necessariamente a guerra mas sim as indiferenças. Uma realidade? C- A pandemia, que só existia para ela nos livros de história, e essa é uma realidade dura. D- Doenças incuráveis. G- Fome no mundo

W- A desigualdade Uma música? C- Californication, porém ela nos contou várias outras músicas que tem relação com os filhos dela. D- Yesterday, Beatles. G- Brincos

W- Essa é pra tocar no baile, Bnegão O que é mais importante na sua vida? C- Minha família. D- Minha Família. G- Minha Família. W- Minha família e aqueles que considero minha família. Essas entrevistas nos ajudaram demais e espero que tenha te ajudado também, além de tudo conseguimos ver os professores como conselheiros e como seres humanos reais. Agradeço às professoras Claudia, Daniela e Gilmara e também agradeço ao professor Wellington por nos cederem tempo e conhecimento.


Escrito por Anne Silveira e Nicole Carvalho.


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