Valentina Tereshkova: A primeira cosmonauta

Valentina nasceu em 6 de março de 1937, numa espécie de província na União Soviética, vinda de uma família humilde. Seu pai, Vladimir Tereshkov, era motorista de tratores e morreu lutando na Guerra de Inverno quando ela ainda era muito nova. Após a morte do marido, a mãe de Valentina, Elena Tereshkova, se mudou com os três filhos e passou a trabalhar em uma fábrica têxtil.

Valentina teve uma educação formal a partir dos dez anos e após os estudos passou a trabalhar em uma fábrica. Tereshkova conseguiu se tornar cosmonauta (outro termo para astronauta), devido à corrida espacial, um desdobramento da Guerra Fria, envolvendo a União Soviética e os Estados Unidos.

Dentro dessa disputa de avanços estava o envio da primeira mulher no espaço. A oportunidade de participar desse feito surgiu para Valentina em 1962, nessa época, ela fazia parte do Partido Comunista da União Soviética e atuava como paraquedista amadora.

Em 1962 foi criado um programa para enviar a primeira cosmonauta, tendo milhares de inscrições. O projeto era secreto, os amigos e familiares não sabiam sobre o treinamento que a mesma estava passando durante sete meses. Foram feitos muitos testes para verificar se Valentina estava apta para ir ao espaço, tanto físicos quanto psicológicos.

As cinco melhores candidatas foram escolhidas, entre elas estava Valentina Tereshkova. Ao final da seleção, ela foi designada para pilotar a Vostok 5 enquanto outra escolhida pilotaria a Vostok 6. Porém uma mudança inesperada ocorreu e foi decidido que um cosmonauta pilotaria a Vostok 5 e ela a Vostok 6.

O lançamento da Vostok 6 ocorreu no dia 16 de junho de 1963. Durante sua missão no espaço, Valentina percorreu 48 voltas ao redor da Terra em cerca de 71 horas. Ao final do percurso, a nave apresentou alguns problemas e foi preciso tomar o controle manual para regressar até a atmosfera terrestre. Quando estava a 6 mil pés de altitude ela se ejetou da nave e percorreu o restante de paraquedas, lutando contra fortes ventos. Demorou um pouco até que a encontrassem e fosse resgatada.

Após o sucesso da missão, ela foi declarada heroína nacional e a primeira mulher cosmonauta da história, foi condecorada e recebeu fortes elogios do governo soviético. Ela viajou internacionalmente e fez parte do Comitê Central do Partido Comunista.

Com a fragmentação da URSS ela se envolveu na política Russa e em 2011 foi eleita para um cargo na Duma Federal, que representa a câmara baixa do Legislativo russo.

Escrito por Amanda H. Neves