Carolina foi uma escritora brasileira que teve pouca escolaridade e obteve seu reconhecimento através da sua escrita que, em forma de diários, relata a dura realidade da favela.
Carolina só frequentou até o segundo ano do Ensino Fundamental, onde aprendeu a escrever, porém com sua família sendo de família muito humilde, ela foi letrada depois de muito tempo. Em sua cidade, ela passou por muitas situações que a fizeram querer sair de lá e ter outras oportunidades.
Seu livro, Quarto de Despejo, é um livro-diário onde retrata a luta e superação de uma mulher negra que reside em uma favela brasileira.
Carolina nasceu em Minas Gerais e se mudou para São Paulo, onde trabalhou como catadora de papel e empregada doméstica, para sustentar a si mesma e seus três filhos, sempre escrevendo em seu diário como era sua vida em Canindé, uma comunidade na zona norte de São Paulo. Em 1958 o jornalista Audálio Dantas ajudou a mulher a publicar seu livro.
Em 1960, seu primeiro livro Quarto de Despejo, alcançou 10 mil cópias vendidas em apenas 4 dias, em um ano foram 100 mil cópias vendidas.
Como ganhou muito dinheiro, Carolina não conseguiu administrar tudo, e por isso também enfrentou muito preconceito. Além de ter sua fama vinculada a Audálio, um homem branco e letrado. Depois disso, seus livros não obtiveram o mesmo sucesso, o que levou a mesma a catar papel nas ruas para sobreviver, até sua morte em 1977.
Carolina Maria é vista como ícone e referência para muitas mulheres que se encontram na mesma realidade que a dela. Seu livro foi traduzido para 14 línguas e teve grandes nomes na literatura elogiando sua obra, como Clarice Lispector que disse “Escritora de verdade é a Carolina, que conta a verdade”.
Escrito por Mariana Bertozzi
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